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Qual a Diferença entre Live e Webinar?

Fernanda Cunha*

Você sabe qual a diferença entre live e webinar, e o quanto estes recursos podem se tornar desinteressantes quando utilizados equivocadamente?

Como lives e webinars têm sido ações intensas em tempos de pandemia pelas mídias socias. São significativas as métricas que se apresentam acercam deste quantitativo, cujas métricas compartilho aqui contigo, para que possamos entender a relevância de se pensar melhor o uso adequado seja de live ou de webinar, vez que o uso inadequado destas interações pode reverberar contrário ao esperado, simplesmente pelo fato de não se saber claramente quando utilizar uma live ou um webinar.

Observe, nos Gráficos 1 e 2 abaixo apresentados, oriundos de levantamento realizado no Google Trends sobre webinar e live, em que podemos conferir as tendências em todas as categorias no Brasil, no período de um ano, entre agosto de 2020 e agosto 2021.

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Pelos Gráficos 1 e 2 acima dispostos, que apresentam valores numéricos absolutos, tendo à esquerda métricas sobre Webinar e à direita sobre Live, se faz possível comparar o decrescente volume de 2020 para 2021. Qual pode ser a razão desta queda em ambos os casos?

Para reflexão mais cuidadosa sobre a questão apresentada, compreendo ser importante ainda analisar as métricas no contexto inter-relacional entre Live e Webinar, de acordo com as tendências que se apresentam pelo Google Trends [ver Gráfico 3], pois será que o volume inter-relacional entre estes perfaz qual equivalência, em relação a demonstração comparativa apresentada através dos Gráficos 1 e 2, em que se pode conferir, por destes gráficos, que apresentam semelhança de queda? Vejamos:

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Notório que, a live representada pela cor vermelha, como se assegura no Google Trends, há maior volume em comparação a do webinar, em azul.

O que este maior quantitativo de lives pode implicar em impacto, ao se levar em conta possíveis webinars concebidos como lives e/ou lives concebidas como webinars? Quais as consequências destes equívocos no processo de ensino/aprendizagem, por exemplo? Qual razão pode estar norteando a queda de lives e webinars apresentada nos respectivos gráficos em plena pandemia, sendo que no Brasil a pandemia tem tido acentuada dificuldade de queda?

Neste contexto, pergunto: você saberia distinguir, com certeza, quando se está em uma live ou em um webinar?  E você saberia expressar, com precisão, quais foram as lives, ou quais foram os webinars, que possivelmente não estavam lá tão interessantes, cuja afirmação se tenha de fato segurança de que se trata de uma live e não de um webinar, ou vice-versa?

Corriqueiramente saltados aos olhos, em tempos de pandemia, quantas destas ações por lives e/ou webinars, por vezes desinteressantes, não é mesmo?

Já pensou que um dos motivos de lives e webinars pouco atrativos possam ser por conta de se utilizar lives, quando se deveria utilizar webinars, e webinars quando se deveria lançar mão de lives?

Quantas destas ações, por vezes enfadonhas, poderiam ter atingindo seus objetivos com sucesso se o idealizador, se a idealizadora, tivesse conhecimento entre as diferenças de lives e webinars. Problema, se acentua ainda mais, quando se incorre em erro ao se utilizar estes termos como se fossem sinônimos... Porque não os são.

Como este tipo de engano tem, por vezes, estado presente nas estratégias equivocadas no processo de ensino aprendizagem, ao se empregar a utilização de lives e não de webinars e vice-versa ou ainda, como se live ou webinar fosse a mesma coisa. E quando este equívoco estratégico ocorre no processo de ensino/aprendizagem, a ação de se ensinar/de se aprender pode se tornar falha. Daí as coisas complicam...

Imagine você tomando sopa em prato raso? É impossível? Não, não é impossível, mas no prato fundo e com talheres adequados é bem mais confortável e aprazível para o paladar, não é mesmo?

Fato é que este equívoco é mais comum do que se imagina, porque há semelhanças entre Webinar e Lives. Veja:

Live: É acontecimento público, acessível a qualquer pessoa em plataformas como YouTube, Facebook, Instagram. Mais utilizada para grandes audiências.

O estilo das lives se caracterizam como palestras. Os participantes são geralmente passivos.

Os webinários, por sua vez, são acontecimentos que contam com número limitado de pessoas, podendo haver acesso limitado a uma reprodução ou nenhuma reprodução.

Webinário se apresenta através de videoconferência, podendo ser utilizados para diferentes fins, como fins comerciais como educacionais, com transmissão online, hora marcada, podendo ser ao vivo ou gravado, cujo objetivo central converge para educar um público-alvo acerca de um tema.

Resumidamente, lives priorizam diversos eventos, com grandes audiências e pouca interação entre apresentador ou apresentadores e seus espectadores, enquanto webinários priorizam eventos especializados, públicos menores e muita interação entre apresentador e convidados.

Podemos pensar os webinários por exemplo, para aulas.

Os webinários também são chamados de webinar.

As lives são utilizadas geralmente nas mídias sociais como no Facebook, no Youtube, no LinkedIn e no Instagram.

Geralmente as lives têm duração de uma hora, até porque o Instagram, por exemplo, limita o tempo de duração de uma live. Como o próprio nome já anuncia live é acontecimento ao vivo.

Webinar, ou webinário que assim também é chamado - como já mencionei, por ser mais utilizado para aulas, seminários, cursos dentre outros desta natureza, envolve interação mais específica de acordo com o objetivo e natureza do processo, podendo muitas vezes durar mais tempo. Como um curso em 1 uma única hora? Não que não seja possível, mas um curso que totalize sua carga horária de 1 hora não seria mais difícil? Há que se distinguir aula de curso, não é mesmo?

Então, os webinars podem durar mais tempo em relação as lives que, em geral, é recomendável não ultrapassar 1 hora.

Fato, é que a estratégia da proposição em questão deve ser concernente para a realização de live e/ou de webinar.

Webinar sinaliza para extensos conteúdos, devendo lançar mão de falas mais específicas, contando com recursos didáticos.

Live é mais recomendável para relatos de grande vulto, casos relevantes, inspiradores com vistas a despertar curiosidade, interesse, desejo da audiência imergir mais profundamente naquele acontecimento ao vivo.

No webinar, utilizar gravações são mais sugestíveis dada a relevância que se impera muitas vezes para aquele curso ou para aquela aula, seminário.

Você já expressou, ou já ouviu alguém dizer: nossa participei de uma live, que não acabava nunca! Pois bem. Será que a estratégia deveria ser live?

Então fica a dica: analise cuidadosamente a proposição de sua ação para checar qual a melhor estratégia de imersão na sociedade em rede. Assim, você poderá atingir resultados esperados plenamente.

Você já pensou quantas lives deveriam ser webinars, e vice versa? Como é bom tomar sopa no prato fundo, não é mesmo?!

Acesse o link abaixo para assistir ao conteúdo do vídeo intitulado Qual a diferença entre Live e Webinar? e compartilhe a quem entender que este conteúdo possa ajudar:

 

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*Fernanda Cunha é professora da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac) da UFG.

O Jornal UFG não endossa as opiniões dos artigos e colunas, de inteira responsabilidade de seus autores.

 

Fonte: Secom UFG

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