capa-live

Live com equipe do CIAR discute práticas pedagógicas em meios digitais

Transmissão promovida pela Pró-Reitoria de Graduação da UFG é parte do 3º Ciclo de Estudos e Reflexões

capa-live

Texto: Raniê Solarevisky de Jesus

Imagem: UFG Oficial no YouTube


Na útima terça (09), uma equipe de especialistas do CIAR participou de uma live promovida pela Pró-Reitoria de Graduação da UFG (PROGRAD/UFG) para discutir práticas pedagógicas em meios digitais. A transmissão faz parte do 3° Ciclo de Estudos e Reflexões, iniciativa do Programa Institucional para o Desenvolvimento do Processo de Ensino-Aprendizagem (IDEA).

Para a diretora do CIAR e coordenadora do programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) na UFG, Profa. Marília de Goyaz, o CIAR pode colaborar com as práticas pedagógicas por meios digitais  potencializando as ações que já tem realizado desde a sua criação, em 2007. "O órgão foi criado com a finalidade de implementar e apoiar as atividades acadêmicas de graduação, pós-graduação, extensão e pesquisa e na modalidade a distância desenvolvidas na UFG", explica. De acordo com a diretora, o órgão possui uma equipe pedagógica focada na formação de professores, realização de processos seletivos para tutores e gestão do Moodle IPÊ, ambiente virtual de aprendizagem oficial da UFG.

Segundo a diretora, atualmente cerca de 65% de todo o trabalho realizado pelo CIAR é direcionado para projetos institucionais da UFG, frente aos cortes financeiros sofridos pelo programa UAB nos últimos anos. Marília ainda lembrou que o órgão tem contribuído com múltiplas demandas da universidade durante o período de suspensão do calendário acadêmico, tais como a produção do site UFG em Casa, a ampliação das formações oferecidas pelo órgão e a intesificação do trabalho de suporte tecnológico e produção multimídia para atendimento às necessidades de unidades acadêmicas e outros órgãos.

Para a coordenadora pedagógica do CIAR, Profa. Janice Lopes, "não existe receita, mas caminhos mínimos que precisamos trilhar para conseguir minimamente conhecer um pouco sobre esse ambiente. Uma coisa são cursos na modalidade a distância, que são criados e existem a partir de legislações específicas; outra coisa são atividades remotas ou mediadas por tecnologia". Segundo a professora, a Educação a Distância (EaD) é algo muito mais complexo conceitualmente e com estrutura pedagógica e planejamento mais sofisticados do que as tentativas de flexibilização de algumas atividades, adotadas pela UFG e outras instituições nesse período de isolamento social.

A professora defende um uso informado das tecnologias digitais no ensino: "É preciso esquecer um pouco essa utopia de que a tecnologia veio resolver nossos problemas. E digo isso tanto para os cursos presenciais, para os cursos a distância e também para aqueles que estão adotando a mediação de tecnologias digitais". Segundo ela, ainda existe muita dificuldade sobre como estabelecer essa aproximação entre tecnologia e práticas pedagógicas. "Parece difícil dizer em que medida o uso desse recurso tecnológico me exige, enquanto professor, novas posturas, novas leituras da minha prática e também da postura esperada do estudante", pontua. Por conta disso, a equipe pedagógica do CIAR tem formado entre 300 e 350 professores, técnicos e alunos por semana.

A professora do curso de Artes Visuais EaD da UFG, Lilian Ucker, colocou em questão vários métodos tradicionais que são desafiados por esse momento imposto pela pandemia do novo coronavírus. "Há uma diversidade enorme de práticas em realização, mas o que tem acontecido de certa forma é uma transposição dos conteúdos que apenas é mediada por uma tecnologia. Então aí nos perguntamos como a experiência com a EaD pode contribuir nesse sentido", avalia, apontando a necessidade de atividades menos hierarquizadas e com menos foco no professor, trabalhos assíncronos para incluir estudantes com dificuldades de acesso e respeito ao tempo dos discentes, oferecendo um cronograma detalhado das atividades previstas.

"Uma disciplina oferecida a distância não precisa acontecer durante o mesmo período de tempo de uma da modalidade presencial, além de precisar incentivar a competência digital de seus estudantes. A presença é computada nas atividades acadêmicas a partir da participação desses estudantes, ao invés de vinculada à voz do estudante em uma situação remota. A fase de planejamento é essencial para pensar principalmente quem são nossos estudantes e as suas dificuldades", enumera, acentuando aspectos do planejamento para a EaD que podem contribuir com experiências de educação remota.

 

Assista à transmissão na íntegra logo abaixo, com mediação do Prof. Flávio Marques:

 

O 3º Ciclo de Estudos e Reflexões realizará outras lives que vão ocorrer durante o mês de junho, sempre no canal oficial da UFG no YouTube.

Fonte: CIAR/UFG

Categorias: principal