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Live apresenta diferenças e aproximações entre ensino remoto e EaD

Transmissão ao vivo foi realizada pelo ConnectLab, da Faculdade de Educação Física e Dança da UFG

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Profa. Flórence Faganello (acima) mediou a palestra da Profa. Marília de Goyaz (abaixo).
Circuito de lives promovidas pelo ConnectLab segue até 08 de julho. 


Texto: Raniê Solarevisky - CIAR/UFG

Imagem: ConnectLab UFG

No último dia 24, o ConnectLab, da Faculdade de Educação Física e Dança (FEFD), realizou uma live para esclarecer diferenças e aproximações entre educação a distância e ensino remoto. A convidada foi a Profa. Marília de Goyaz, que é diretora do CIAR/UFG, coordenadora da Universidade Aberta do Brasil (UAB) na UFG e presidente do Fórum Nacional de Coordenadores UAB. A professora, que também desenvolve pesquisas na área, já atuou como professora formadora, conteudista, tutora, docente e coordenadora de cursos a distância na UFG e na UnB.

Para a professora, um dos princípios da educação a distância é a democratização: "A EaD possibilita que levemos o ensino superior público de qualidade a rincões que antes não eram alcançados pelas instituições. Aqui mesmo no Estado de Goiás a UFG está presente em municípios de diferentes regiões. Outro princípio que vem junto com esse é o da inclusão: indo a esses lugares, a universidade dá acesso ao conhecimento de ensino superior a pessoas que já haviam até perdido a esperança de conseguir ingressar", explica.

Marília também falou sobre o público de cursos da modalidade EaD: "Grande parte são trabalhadores que já tinham concluído o ensino médio e não imaginavam que podiam ter esse acesso. Nesse sentido, é uma oportunidade concedida a essas pessoas. Para atuarmos na EaD, precisamos criar não só os ambientes e atividades, mas também materiais que permitam diversas formas de aprendizagem. Temos que olhar para esse público-alvo que tem suas particularidades de maneira a nos aproximarmos do seu contexto", defende.

Segundo a pesquisadora, outro princípio importante é o da colaboração que envolve interatividade, prática dialógica e compartilhamento de saberes. Essa postura permite que o aluno construa uma autonomia em relação à própria formação, fazendo uso da flexibilidade oferecida pela EaD. "Não se trata de reproduzir as aulas dadas presencialmente no formato a distância. A relação professor-aluno se dá de uma maneira muito diferente nos ambientes virtuais e há necessidade de um estímulo muito grande, além de linguagem e tecnologias acessíveis", argumenta.

A professora explica que as atividades comumente referidas como "ensino remoto" nada mais são do que atividades acadêmicas mediadas por tecnologias digitais de informação e comunicação. Elas fazem parte da rotina de trabalho da educação a distância, mas não são sinônimo da modalidade. "Essas atividades estão sendo propostas para esse momento emergencial, então não se trata de substituir os cursos presenciais por outros a distância, nem de transferir para a modalidade a distância", esclarece.

De acordo com ela, o compromisso da universidade pública com a garantia do direito de acesso à formação aponta para a necessidade de pensar em inovações pedagógicas. "Tudo indica que a maneira mais adequada de agir nesse momento, garantindo a segurança de todos, é utilizando tecnologias digitais. É possível sim levar o ensino de qualidade aos nossos alunos por meio de tecnologias. Mas para isso, precisamos de formação: para esse momento emergencial, formatamos cursos rápidos que exploram não só o conhecimento técnico da ferramenta, mas também qual o trato pedagógico que posso dar a essas ferramentas na mediação dos conhecimentos", ressalta, referindo-se aos módulos de formação para educação remota oferecidos pelo CIAR/UFG.

A professora ainda falou sobre trabalhos desenvolvidos pela equipe do CIAR, ofertas de EaD realizadas pela UFG até o momento e marcos regulatórios da EaD no Brasil, além de responder a perguntas dos participantes sobre carga horária, resistência de professores e outros tópicos relacionados ao tema. 

A transmissão foi mediada pela Profa. Florence Faganello e está disponível na íntegra aqui.

Fonte: CIAR/UFG

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